EVANGELHO DO PROXIMO DOMINGO - 24 de Outubro de 2010


22 de Abril 2012 -
3º Domingo da Páscoa
- Ano B


Evangelho segundo S. Lucas
24,35-48.

Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão. Enquanto isto diziam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito. Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho.»
Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa que se coma
Deram-lhe um bocado de peixe assado; e, tomando-o, comeu diante deles.
Depois, disse-lhes: «Estas foram as palavras que vos disse, quando ainda estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos.»
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia; que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas.


28 ABRIL 2012 - Domingo da Páscoa - Ano B

Evangelho segundo S. João 10,11-18.
Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, e o que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e espanta-as, porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas.Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor.
É por isto que meu Pai me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois. Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de meu Pai.»

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O milagre Eucaristico de Santarém (Portugal)


O Milagre Eucarístico de Santarém é, 
com o de Lanciano, considerado 
um dos mais importantes.
A Hóstia se transformou em Carne 
ensanguentada que espirrava Sangue. 
A Relíquia sofreu numerosos exames 
e investigações canónicas.
As duas Relíquias (Carne e Sangue
estão conservadas até hoje 
em Santarém na igreja de Santo Estêvão.
Relíquia da Hóstia Milagrosa













 

 

Conforme a data registada na cópia do Documento do ano de 1346, emanado pelo Rei Afonso IV; 


"No dia 16 de Fevereiro de 1266 em Santarém, uma jovem que tinha muito ciúmes do marido procurou uma feiticeira que a ajudasse. A feiticeira sugeriu que ela fosse à igreja e roubasse uma Hóstia consagrada para fazer um feitiço de amor.
A Ermita, casa onde aconteceu o Milagre.
A jovem, então, roubou a Hóstia e escondeu-a num lenço de linho que imediatamente se manchou de Sangue. Aterrorizada, correu à casa para ver o que tinha acontecido e viu maravilhada que o Sangue saia da Hóstia. A mulher, atordoada, guardou a Partícula dentro de um móvel do seu quarto, mas de noite, um facho de luz saiu do móvel e tudo ficou iluminado como se fosse de dia; o marido vendo isso começou a perguntar à esposa o que estava acontecendo e ela se viu obrigada a contar tudo.
No dia seguinte, o casal informou tudo ao pároco e ele foi na casa deles para pegar a Hóstia e levá-la para a igreja de Santo Estevão.
Santuário do Santíssimo Milagre de Santarém
Organizou-se uma solene procissão conformada por muitos religiosos e leigos para acompanhar o regresso da Hóstia à igreja.
A Hóstia sangrou durante três dias consecutivos e foi colocada num magnífico relicário feito com cera de abelhas.
No ano de 1340 verificou-se outro Milagre: quando um sacerdote abriu o Tabernáculo viu que o Copão de cera estava todo espedaçado e que um Copão de cristal tinha tomado o seu lugar. O Sangue estava ali dentro misturado com a cera."

Interior da igreja
 Hoje, a Sagrada Hóstia está guardada num Trono Eucarístico do século XVIII sobre o Altar Maior.

A igreja de Santo Estevão é atualmente conhecida como o Santuário do Santo Milagre.
Em diversas ocasiões, no decorrer dos séculos, a Hóstia espirrou Sangue e nela apareceu a imagem de Nosso Senhor Jesus impressa; São Francisco Xavier, apóstolo da Índia, foi testemunha desse Prodígio quando visitou o Santuário antes partir em Missão.
Desde que ocorreu o Milagre, todos os anos, no segundo Domingo de Abril, a Relíquia sai em Procissão da antiga casa do casal até a igreja de Santo Estêvão. Essa casa foi transformada em capela no ano de 1684. 
Ampola que conserva o preciosíssimo sangue que escorreu da hóstia


Os Papas Pio IV, San Pio V, Pio VI e Gregório XIV concederam Indulgência Plenária a quem visitasse as preciosas Relíquias do Milagre Eucarístico de Santarém que ainda hoje é possível ver na igreja de Santo Estevão.

Um homem caiu num buraco.


Mais de 1600 Jovens encheram a Av. da Liberdade (Lisboa) Nós estivemos lá!

... e as televisões nada contaram!

JDJ - Cristo, a razão da alegria dos jovens de Lisboa- 04.04.12


No ano em que o Papa convida os jovens a meditarem o tema da alegria, a juventude da Diocese de Lisboa manifestou esse mesmo espírito no centro da cidade em mais uma JDJ, tendo como tema ‘Em Cristo, a Alegria e a Sabedoria’.

Neste Dia Mundial da Juventude, os cerca de 1600 jovens tiveram o seu ponto de encontro na igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa. O acolhimento esteve a cargo do grupo de jovens da paróquia de Agualva que animou aquele momento, num clima de grande festa, até ao início do primeiro encontro. Vindos de todos os cantos da diocese, muitos trouxeram imagens de sorrisos ao peito e ainda t-shirts e mochilas de várias edições da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), ajudando assim a tornar presente o espírito vivido na última JMJ em Madrid.


‘A fé da ciência e as razões da fé’


Henrique Leitão, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, apresentou o primeiro de dois encontros temáticos: ‘A fé da ciência e as razões da fé’. Começando por citar Bento XVI, Santo Agostinho e João Paulo II, e por apontar a procura da verdade como missão da juventude, este professor universitário afirmou que “não há fundamento histórico para considerar o estudo do mundo natural como distração ou distanciamento de Deus”. A ciência, disse Henrique Leitão, “assenta num acto de fé” e pressupõe uma confiança e adesão que “não eliminam o crivo racional”. A mensagem cristã, acrescentou ainda, em vez de oposição, apresenta “um convite a estudar a natureza”, pois “a compreensão do mundo leva à compreensão do próprio Deus”.
Antes da saída da igreja, foi lançado aos jovens o desafio de entregarem um pequeno marcador com a mensagem ‘Deus ama-te’ a um desconhecido durante a caminhada a pé até à igreja de São Domingos, na Baixa lisboeta. Foi um gesto de evangelização que os jovens acolheram e colocaram em prática com muita alegria.


‘A alegria no sofrimento’


Na igreja de São Domingos, os jovens tiveram oportunidade de escutar o segundo encontro temático: ‘A alegria no sofrimento’. Dois jovens, o Pedro e a Sandra, contaram a sua experiência como voluntários no Hospital D. Estefânia junto das crianças e das famílias, durante o período difícil de internamento. E asseguraram: “Recebemos muito mais do que damos”.
Seguiu-se a partilha de Cristina Costa, ex-directora do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Lisboa (SDPJ), da sua experiência de sofrimento durante a luta contra o cancro. Esta sublinhou a importância da “partilha do fardo com outros” e da oração que se tornou “ainda mais essencial” nesse período de “sentimentos contraditórios”. Mas garantiu que encarou esse acontecimento como “oportunidade de acolher a vida e de a viver com novo sabor”, pois “Deus esteve sempre muito presente, só Ele é Senhor do meu futuro e da minha vida. Tenho a certeza que me trouxe ao colo o tempo todo”, assegurou. Cristina Costa acrescentou ainda que a experiência da Páscoa de Jesus é essa: “Deus que vem ao nosso encontro e que sofre para nos mostrar que também nós podemos passar pelo sofrimento e viver”. Em clima de alegria, o grupo de jovens da paróquia do Campo Grande animou o encontro com alguns cânticos.
O director do Serviço da Juventude do Patriarcado, padre Carlos Gonçalves, acabou o encontro em São Domingos citando a mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Juventude: “O cristão autêntico nunca está desesperado ou triste, mesmo diante das provas mais duras; a alegria cristã não é uma fuga da realidade, mas uma força sobrenatural para enfrentar e viver as dificuldades quotidianas”.
À saída, os jovens receberam o Evangelho de São Marcos que está em destaque na Missão Metrópoles, projecto convocado pelo Papa Bento XVI, através do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização.


Catequese Quaresmal na Sé de Lisboa


Às 18 horas, D. José Policarpo acolheu, na Sé Patriarcal, os quase dois mil jovens que aderiram ao seu convite para assistir à 6ª e última Catequese Quaresmal deste ano, sobre o tema: ‘Jesus Cristo é a novidade radical: a fé da Igreja’, momento que culminaria com a celebração da Eucaristia animada musicalmente com os cânticos preparados pela Comunidade Emanuel.
Nesta catequese, o Cardeal-Patriarca enalteceu a presença de centenas de jovens, dizendo: “Gosto de ver a Sé cheia! É um sinal bonito de esperança para a diocese”. Salientou ainda a importância do confronto dos jovens com Jesus Cristo e daquilo que chamou a “revolução do coração”, garantindo que “Deus nunca desiste”. E citou o Beato João Paulo II: “Só em Jesus Cristo se compreende o Homem, pois é Ele que cumpre a promessa de Deus, é Ele o desejado, o ungido do Senhor”.
Aconselhando os jovens, D. José Policarpo referiu ainda: “Alimentem uma relação amorosa com este Deus feito homem, nosso irmão, que veio dar novo sentido a tudo o que nos torna humanos.” Mas advertiu: “A obra do Seu filho precisa de tempo. Para sermos instrumentos de Deus, temos de aprender a esperar e a aproveitar os momentos”. O Patriarca de Lisboa pediu ainda que na Igreja se viva “em Povo de Deus” não de forma individual, porque esta “não é uma caminhada individual de ‘valentões’”. Finalizando, D. José Policarpo assegurou que também os jovens são “capazes de tudo, até de ser santos”.


Concerto no Largo de São Domingos


A Jornada Diocesana da Juventude 2012 terminou com um concerto/festa, no Largo de São Domingos, animado pela banda ‘Projecto Rumos’, um grupo de música cristã originário da paróquia do Sobral de Monte Agraço. Os inúmeros jovens que permaneceram no concerto/festa, apesar da chuva, acolheram entusiasticamente a música, elemento que aliás marcou toda a jornada. O concerto contou ainda com a participação de alguns membros de outra banda cristã, os ‘Anima Christi’.


texto por Diana Campelo  |  fotos por João Cláudio Fernandes
 http://www.juventude.patriarcado-lisboa.pt

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

 

Um SANTO e FELIZ NATAL
para todos, 

 são os votos sinceros
dos Jovens da Paróquia de Paço de Arcos.

O AMOR VENCE!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

As Relíquias da Paixão de Jesus Cristo

Autor; Roberto Kasuo - http://www.arautos.org


Cravos, lança, coroa de espinhos....
O
nde se encontram essas preciosas lembranças da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo? Façamos, uma devota "peregrinação" à Cidade Eterna.


Todas as relíquias de Jesus Cristo, mesmo o mais simples objectos, impressionam e comovem a alma cristã, infundem profundo respeito e, ao mesmo tempo causam intensa atração. A sede de divino, inerente a todo homem, sente-se em algo atendida, ao contemplar uma delas.

Dessas inapreciáveis relíquias, o Santo Sudário de Turim é talvez a mais conhecida, em razão das reiteradas tentativas de negar sua autenticidade, todas, aliás frustradas por rigorosos testes científicos. Tudo isso foi noticiado pela grande imprensa, já de conhecimento público.

As provas científicas tem, é claro, seu valor. Mas o homem de coração recto, ao olhar para o Santo Sudário, encontra uma prova incalculavelmente mais valiosa de sua autenticidade. Qual pintor seria capaz de imaginar, de "criar" aquela fisionomia? Tanta grandeza e serenidade naquele rosto, tanto perdão e tanta censura naqueles olhos fechados, não é dado a homem algum inventar. Olha-se e crê-se! É a face de Jesus!
Escada Santa

Entretanto, muito menos conhecidas são as preciosas relíquias do Divino Mestre que um peregrino pode encontrar em Roma. Nesse sentido, é a Cidade Eterna um verdadeiro escrínio.

A pequena distância da magnífica Basílica de São João de Latrão, poderá o fiel devotamente subir de joelhos os degraus da Escada Santa, levada de Jerusalém para Roma, Trata-se da escada do Palácio de Pôncio Pilatos, pela qual subiu Jesus quando foi apresentado à turba ululante depois da Flagelação. - o "Ecce Homo". Inclusive, estão assinalados três pontos onde se vê a marca do divino sangue sobre o mármore branco dos degraus, agora revestidos de madeira.

Como não se comover imaginando o Homem-Deus, todo chagada, subindo por ela? Ao longo dos séculos, continuamente, gerações e gerações de enlevados fiéis tem subido de joelhos esses 28 degraus, pedindo perdão por seus próprios pecados, ou oferecendo um ato de reparação ao Divino Redentor.

Igreja da "Santa Cruz de Jerusalém"

Saindo da Scala Santa, pode o peregrino dirigir-se a uma igreja próxima, a da Santa Cruz de Jerusalém, mandada construir em Roma pela mãe do Imperador Constantino, Santa Helena, para abrigar as relíquias da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, trazidas por ela da Terra Santa.

Em uma pequena capela, nos fundos da igreja, estão expostas essas preciosas relíquias. São elas:
"Igreja Santa Cruz de Jerusalém"
Uma parte da Santa Cruz

Dirigiu-se Santa Helena à Terra Santa com o piedoso intuito de encontrar a Santa Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Foi informada de que provavelmente ela estaria no local do Santo Sepulcro, pois os romanos costumavam enterrar junto ao corpo do condenado os instrumentos utilizados no suplício.

Para impedir a devoção dos primeiros cristãos, o Santo Sepulcro fora coberto de entulho, sendo construído ao lado um templo para Vênus, e uma está tua para Júpiter!

Por ordem de Santa Helena, esse templo foi destruído e a estátua feita em pedaços. Em seguida, iniciaram-se as escavações. No dia 3 de maio de 326, foram encontradas no local três cruzes. Tudo indicava serem a de Nosso Redentor e as dos dois ladrões. Como, porém, saber qual a de Jesus?

Nessa perplexidade, ocorreu uma solução ao Bispo Macário: mandou tocar uma delas numa mulher muito doente, certo de que a Providência se manifestaria para revelar qual a verdadeira Santa Cruz. Ao contato com a primeira e a segunda, nada ocorreu. Quando, porém, lhe foi tocada a terceira, a mulher imediatamente recobrou por completo a saúde. Não havia mais dúvida.

Jubilosa, a Imperatriz fez erigir no local a grandiosa Basílica da Santa Cruz, também chamada Igreja do Santo Sepulcro ou da Ressurreição, onde ficou guardada a principal parte da Cruz.

Outra parte foi enviada para Constantinopla, onde Constantino a recebeu com grande devoção. Tomado de respeito por essa relíquia, o monarca proibiu desde então o suplício da crucifixão em todo o Império Romano.

A mãe do Imperador levou para Roma o restante. Um importante fragmento é venerado até hoje na mencionada "Igreja da Santa Cruz de Jerusalém", outro na Basílica de São Pedro.
Relíquias da Paixão que se conservam na"Igreja da Santa Cruz de Jerusalém"
Nela , em valiosíssimo relicário conservam-se um fragmento da coluna da flagelação, um dos cravos, o dedo de S. Tomé, uma parte da Sta. Cruz, um espinho da coroa, a tabuleta INRJ

Foram encontrados no mesmo local os cravos usados para pregar na Cruz o Divino Redentor. O Imperador Constantino incrustou um desses cravos em rico diadema de pérolas, usado por ele em ocasiões solenes. Em 550, os outros foram levados para Roma, pelo futuro Papa São Gregório Magno. Um deles é venerado no escrínio da "Igreja da Santa Cruz de Jerusalém".


A tabuleta INRJ

Nesse mesmo escrínio o peregrino poderá contemplar também a tabuleta com a inscrição "Jesus Nazareno Rei dos Judeus" - em hebraico, grego e latim - mandada fixar por Pilatos na Cruz do Salvador.








Um Espinho
da Coroa

Ao contrário do que se julga, comumente, a Coroa de Espinhos de Nosso Senhor não tinha a forma de um diadema, mas a de um barrete, com 21 cm de diâmetro, cobrindo-Lhe toda a cabeça. É feita de ramos de longos espinhos trançados. Depois de colocá-la na adorável fronte de Jesus, os algozes golpearam-na de modo a provocar grandes ferimentos, como pode ser atestado pelas manchas de sangue no Santo Sudário.

A Coroa permaneceu na Basílica do Monte Sião, em Jerusalém, até 1053, quando foi levada para Constantinopla. Em 1238, o Imperador Balduíno II entregou-a - juntamente com a ponta da lança de Longinus - como penhor de empréstimo contraído com bancos de Veneza. De comum acordo com esse Imperador, São Luís IX, Rei de França, resgatou a referida dívida e recebeu em seu país as duas preciosas relíquias, com todas as demonstrações de veneração. O próprio rei, a rainha-mãe, inúmeros prelados e príncipes foram encontrá-los perto da cidade de Sens. São Luís e seu irmão, Roberto d'Artois, descalços, as levaram até a Catedral de Santo Estevão, nessa cidade.

Desejoso de acolher em lugar digno tão inestimáveis relíquias, o Rei santo fez construir em Paris uma verdadeira jóia da arquitectura gótica: a Sainte Chapelle (Capela Santa), uma maravilhosa igreja de vitrais, que extasia todos quantos tem a ventura de conhecê-la.

Actualmente, a Coroa de Espinhos está nos Tesouros da Catedral de Notre Dame de Paris.Em Roma encontra-se apenas um desses espinhos.


A Coluna da Flagelação

Do portal de Santa Maria Maior, já se avista a Igreja de Santa Praxedes. Singela na aparência, o que conterá ela?

Por um corredor se chega a uma pequena capela, Aí, em uma coluna bem iluminada, está exposta a Coluna da Flagelação. É impressionante1 Sua simplicidade é eloqüente. Sem ornato algum, comove profundamente.

Tem apenas 50 cm de altura, 32 cm de largura na base e 20 cm no topo, onde há uma argola de ferro na qual eram atados os supliciados. É feita de mármore branco com grossos grãos pretos.

No Santo Sudário de Turim, contam-se as marcas de mais de cem golpes de flagelo recebidos por Nosso Senhor.
A Coluna da Flagelação foi levada para Roma em 1213, no tempo do Papa Inocêncio III.
Coluna da Flagelação

A has
te da Santa Lança

Descoberta no Santo Sepulcro, a Lança com a qual o centurião Longinus perfurou o lado do Senhor dói levada de Jerusalém para Antioquia. Na iminência da invasão moura, mãos piedosas a enterraram atrás do altar da Igreja de São Pedro. Durante a Primeira Cruzada, em 1907, os cristãos encontravam-se sitiados nessa cidade, em perigosa situação. Então, um mone que teve revelação sobrenatural, indicou o,local onde ela estava enterrada. Sua descoberta despertou o entusiasmo e deu novas energias aos cruzados, que derrotaram em seguida os sarracenos.

Já vimos, acima, como a ponta da Sagrada Lança foi levada para Paris e depositada, junto com a Coroa de Espinhos, na Sainte Chapelle. Durante a Revolução Francesa, infelizmente essa preciosa relíquia desapareceu.

A haste permaneceu em Constantinopla, mesmo depois da tomada da cidade pelos turcos. E em 1492, o sultão Bajazet enviou-a ao Papa Inocêncio VIII, esclarecendo que a ponta se encontrava em poder do rei da França.

Atualmente essa haste é venerada na Basílica de São Pedro, ao lado de uma estátua de São Longinus, o centurião mártir.

A benfazeja proximidade do sobrenatural

A impressão da proximidade do sobrenatural, do amor de um Deus que se encarnou e sofreu o inimaginável para nos salvar, pervade e perfuma a alma do fiel que, contrito, contempla uma a uma as relíquias de nosso Divino Redentor.

Terminada essa "peregrinação" pelas relíquias de Jesus, nos resta na alma uma valiosa conclusão.

Por vezes, assalta-nos a sensação de que Deus está distante, pouco acessível a nossos pedidos ou orações. Nada de mais falso e pernicioso para a vida espiritual! Deus está próximo de nós e ouve as nossas súplicas como se fossem as de um filho único, extremamente amado.

(Revista Arautos do Evangelho, Março/2004, n. 27, p. 34 à 37)




Procurando um templo à altura das relíquias da Santa Cruz, Santa Helena cedeu o seu próprio palácio para ser transformado em Basílica.

Autor; Victor Hugo Toniolo - http://www.colegioarautos.org.br

Se penetrássemos nas brumas da História e retornássemos ao longínquo ano de 270, encontraríamos numa hospedaria de Drepanum, na Bitínia, uma graciosa menina. Cheia de encanto e pudor, era o maior tesouro de seus pais.

De tal modo suas virtudes resplandeciam, que o Imperador romano Constâncio Cloro, ao ver seu semblante, decidiu tomá-la por esposa. Desse modo, a jovem Helena tornouse imperatriz e deu à luz um filho, a quem chamou Constantino.

Na corte, conheceu a religião cristã e converteu-se. Seu Baptismo contrariou muitíssimo o imperador, que a repudiou como esposa. Assim, Helena passou, de repente, de uma situação brilhante para uma existência envolta em sombras. Restava-lhe apenas o consolo do amor que seu filho por ela nutria.

Após alguns anos, porém, Constantino sucedeu a seu pai Constâncio no trono imperial. Encantado, como sempre, pelas virtudes de sua mãe, chamou-a imediatamente à corte, concedeu-lhe o título de Augusta e deu-lhe um suntuoso palácio, em Roma, o Sessorianum.

Como boa mãe, Santa Helena quis aproximar o filho da fé católica. Mas ele relutava, tomado por outras preocupações. Contudo, Deus nunca deixa de ouvir as orações de uma mãe e, com o milagre de Ponte Milvio, Constantino abriu-se para a fé.

Após a proclamação do Edito de Milão - o qual, naturalmente, contou com o concurso de Santa Helena - ela obteve de seu filho uma ordem para a destruição dos templos pagãos que Adriano, muito tempo antes, havia mandado erigir sobre o Calvário e sobre o Santo Sepulcro, a fim de sufocar o culto cristão.

Seu coração, porém, queria mais. Helena não podia suportar o abandono dos Lugares Santos. Assim, tomada de santa coragem, empreendeu uma longa e perigosa viagem, com o intuito de resgatar a memória e as relíquias da Paixão de Cristo.

Santa Helena encontra a verdadeira Cruz

"Dirigindo-se ao Gólgota, os soldados que a acompanhavam viram aquela velha mulher, aquela velha mãe, caminhar entre os escombros, ajoelharse entre as ruínas, e dizer: ‘Eis o lugar da batalha: onde está a vitória? Eu estou sobre um trono, e a Cruz do Senhor no pó? Eu estou em meio ao ouro, e o triunfo de Cristo entre as ruínas? Vejo o que fizestes, demônio, para que fosse sepultada a espada que te derrotou'!"

Com estas palavras Santo Ambrósio relata a chegada de Santa Helena ao Calvário. Tal fé não poderia deixar de ser recompensada. Com efeito, guiada pela luz do Espírito Santo, a imperatriz encontrou a verdadeira Cruz do Salvador, bem como as outras relíquias da Paixão.

Conforme narra a tradição, ela ordenou que o Santo Lenho fosse dividido em três partes: deixou uma em Jerusalém, mandou outra para o filho em Constantinopla, e levou consigo a terceira para Roma, com diversas outras relíquias.

A Basílica Sessoriana

Chegando à Cidade Eterna, era necessário edificar um templo que estivesse à altura de custodiar tão santas e excelsas maravilhas. Santa Helena não titubeou, e cedeu para essa finalidade o seu próprio palácio - o Sessorianum - o qual tinha sido, em época anterior, residência dos imperadores.

Coordenando pessoalmente os trabalhos, fez com que a sala mais nobre do palácio fosse transformada numa basílica. Com santa generosidade, cedeu os seus próprios aposentos para serem transformados em capela, em cujo pavimento verteu a terra que havia trazido do Calvário, e onde depositou a relíquia da Cruz.

Tendo-se iniciado grande afluxo de peregrinos, o lugar começou a ser conhecido como Basílica Sanctae Crucis in Hierusalem (Basílica da Santa Cruz de Jerusalém), nome dado pelo fato de ali estar a relíquia da Cruz, bem como a terra do Calvário.
Os romanos, porém, insistiam em chamá-la "Basílica Sessoriana". Até hoje permanecem as duas denominações.

Ritos e documentos confirmam a tradição

A Capela das Relíquias, com o passar do tempo, passou a ser chamada "Capela de Santa Helena", pois ali tinham sido seus aposentos.

Existem vários documentos que comprovam a descoberta, transladação, conservação e veneração da relíquia da Santa Cruz. E cada fragmento dela retirado ao longo dos séculos foi devidamente registrado.

Também os diversos ritos de Adoração do Santo Lenho o atestam. Nos tempos antigos, o ritual pontifício estabelecia que as cerimônias da Sexta-Feira Santa se celebrassem na Basílica in Hierusalem. Para ela se dirigia em procissão o Papa , descalço, desde a Basílica de São João de Latrão, acompanhado pelo clero e pelo povo, para adorar o Lenho da verdadeira Cruz. Também no dia 14 de setembro, Festa da Exaltação da Santa Cruz, ali se realizavam - e ainda se realizam - especiais ritos.

A Basílica Sessoriana na actualidade

Ao longo de seus 16 séculos de vida, a Basílica sofreu diversas transformações, tornando difícil hoje em dia imaginar como seria a estrutura da Domus Sessoriana. As próprias relíquias, por diversos motivos, foram transladadas para uma nova capela - o Santuário da Cruz - construída no recinto da sacristia.

Com o tempo, outras relíquias foram levadas para a Basílica Sessoriana: o Título da Cruz (tabuleta com uma parte da inscrição "Jesus Nazareno Rei dos Judeus"), um cravo, dois espinhos da coroa, o patíbulo do Bom Ladrão, um dedo de São Tomé, bem como fragmentos da Gruta de Belém e da Coluna da Flagelação.

Por tudo isso, quando o Papa João Paulo II a visitou, em 25 de Março de 1979, exclamou: "Este é o verdadeiro Santuário da Cruz de Cristo!"

(Revista Arautos do Evangelho, Set/2006, n. 57, p. 24-25)


Festa de Santa Helena 18 de Agosto