EVANGELHO DO PROXIMO DOMINGO - 24 de Outubro de 2010


22 de Abril 2012 -
3º Domingo da Páscoa
- Ano B


Evangelho segundo S. Lucas
24,35-48.

Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão. Enquanto isto diziam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito. Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho.»
Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa que se coma
Deram-lhe um bocado de peixe assado; e, tomando-o, comeu diante deles.
Depois, disse-lhes: «Estas foram as palavras que vos disse, quando ainda estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos.»
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia; que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas.


28 ABRIL 2012 - Domingo da Páscoa - Ano B

Evangelho segundo S. João 10,11-18.
Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, e o que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e espanta-as, porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas.Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor.
É por isto que meu Pai me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois. Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de meu Pai.»

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Santo Graal - Cálice de Valência

Santo Graal - A História do Santo Cálice

Autor: http://www.catedraldevalencia.es


Tanto pelos dados
arqueológicos, como pelo testemunho da Tradição e dos documentos que se possuem, é perfeitamente plausível que, esta bela taça seja a que esteve nas mãos do Senhor quando, na véspera de sua paixão, tomou o pão em suas santas e veneráveis mãos e levantando os olhos ao céu, para Deus, seu Pai Omnipotente, deu graças, o abençoou, partiu e deu-o aos seus discípulos dizendo:
“Tomai, todos, e comei: Isto é o Meu Corpo, que será entregue por vós”. Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice , deu graças e deu-o a seus discípulos, dizendo: “Tomai todos, e bebei: Este é o cálice do Meu Sangue, o Sangue da Nova e Eterna Aliança que será derramado por vós e por muitos para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de Mim.” (Oração Eucarística I, Canon Romano. Cf. Mateus 26, 26-29; Marcos 14, 22-25; Lucas 22, 15-20 e I Coríntios 11, 23-25)

A primeira impressão

O Santo Cálice de Valência desperta, ao mesmo tempo, sentimentos de admiração e cepticismo. O visitante sente-se cativado pela beleza do Graal; a sua perfeita e excepcional forma, os detalhes em ouro, as pérolas e pedras preciosas. O visitante vem com a cabeça cheia de lendas, filmes e até está prevenido pelos romances e literatura pseudo-científica de temas "graálicos”.

Mas também com cepticismo:
"Será este cálice, de aparência medieval, a taça da Última Ceia? Porque está em Valência? Será apenas um dos muitos alegados Graais? Porque é que não é tão famoso como o santo Sudário de Turim ou a túnica de Tréveris?" E muitas outras perguntas ouvimos na Catedral.

A aparência não nos deve enganar

Na realidade a relíquia é a parte superior,que é uma taça de ágata, castanha escura, finamente polida. É um vaso Alexandrino que os arqueólogos consideram de origem oriental (100 – 50 a.C.).

Esta é a conclusão do Prof. Antonio Beltrán, publicada em 1960 sob o nome de “El Santo Cálize de la Catedral de Valência”. Esta conclusão nunca foi refutada e é a base de todo o conhecimento e aumento de respeito pelo Santo cálice.

As asas e o pé de ouro gravado, são posteriores (muito). A base de alabastro de arte islâmica é diferente da taça. Estas, assim como as jóias que adornam a base, são medievais. As dimensões são modestas: 17 cm de altura; 9 cm de largura. A base elíptica mede 14,5 x 9,7 cm.

Existem cálices de pedras semi-preciosas de origem bizantina que são conservados em Veneza e noutros lugares. Em Espanha existem réplicas semelhantes dos séculos XI e XII. Tratam-se de alfaias litúrgicas, envolvidas em ouro e prata com o interior revestido de metal.

Contudo, ao compor o cálice de Valência, os ourives enfatizam a taça, sem ornamentos, com grandes asas para transporta-la sem tocar no precioso e delicado vaso de pedra translúcida.


A tradição dos primeiros séculos

A Tradição diz-nos que esta taça é aquela que foi utilizada pelo Senhor na Última Ceia para a instituição da Eucaristia, foi logo levada para Roma por São Pedro e conservada pelos Papas seguintes até São Sixto II.
No séc. III, através de S. Lourenço, diácono espanhol, Sixto II foi enviado para Huesca (terra natal de S. Lourenço), para se salvar da perseguição do Imperador Valeriano. A presença do Santo Cálice em Roma é evidenciada pela frase do Cânon Romano mencionada anteriormente: "Tomou este cálice glorioso” (“praeclarum hoc calicem”); expressão venerável que não encontramos em outras anáforas antigas, e não podemos esquecer que a oração eucarística romana é uma tradução latina da oração da língua grega, pois esta foi a língua oficial da Igreja de Roma até ao Papa São Dâmaso, no século V.

A história do Santo Cálice em Espanha

Durante a invasão muçulmana (a partir do ano 713) o cálice foi escondido na região dos Pirenéus, depois em Yebra, Siresa, Santa Maria de Sasabe (hoje, San Adrián) Bailio e, finalmente, no mosteiro de San Juan de la Peña (Huesca), onde um documento do ano 1071 menciona um precioso cálice feito de pedra.

A relíquia foi entregue em 1399 ao Rei de Aragão, Martín, “o Humano”, que o manteve no palácio real da Alfajería de Zaragoza e, depois no Palácio Real de Barcelona, até a sua morte em 1410. O cálice sagrado é mencionado no inventário de seus bens (Manuscrito 136, de Martín, o Humano. Arquivos da Coroa de Aragão. Barcelona, que descreve a história do cálice sagrado). Próximo de 1424, o segundo sucessor de Don Martín, o rei Alfonso V, "o Magnânimo", entregou o relicário real ao Palácio de Valência. Devido à sua estada em Nápoles, foi entregue com as demais relíquias régias à Catedral de Valência, no ano 1437 (Volume 3532, fol.36 v. Do Arquivo da Catedral).


Inscrição árabe em caracteres cúficos. Transcreve-se: li-izahirati ou lilzáhira: "para o que reluz"


O Santo Cálice em Valência

Foi conservado e venerado durante muitos séculos entre as relíquias da Catedral e até o século XVIII foi utilizado para conter a forma consagrada na Quinta-feira Santa. Durante a Guerra da Independência, entre 1809 e 1813, o cálice foi levado para Alicante, Ibiza e Palma de Maiorca, escapando aos invasores napoleónicos. Em 1916, foi finalmente instalado na antiga Casa Capitular, mais tarde chamada de Capela do Santo Cálice. Esta exposição pública permanente da relíquia sagrada tornou possível o conhecimento da sua existência, a nível mundial. Enquanto permaneceu reservado no relicário da Catedral, houve pouca informação sobre a sua existência.
Durante a Guerra Civil (1936-1939) esteve escondido no povoado de Carlet. Papa João XXIII concedeu indulgência plenária no dia da sua festa anual; o Papa João Paulo II celebrou a Eucaristia com o Santo Cálice durante sua visita a Valência em 8 de Novembro de 1982, tal como Sua Santidade Bento XVI que celebrou a Eucaristia durante o V Encontro Mundial das Famílias, em 8 de Julho de 2006.


É autêntico?

Já dissemos que a crítica negativa afirma que já no tempo de Jesus era uma antiguidade valiosa. Há uma tradição judaica que nos dá um dado importante; De facto, ainda nos tempos de hoje cada família judaica conserva a “taça da bênção” para a Páscoa e orações sabáticas. Os Evangelhos dizem-nos que Jesus celebrou o rito pascal numa sala decorada, mobilada com divãs (Mt.14,15). Não seria estranho se a família que O acolheu não pusesse diante do Senhor a preciosa taça familiar para que pronunciasse as bênçãos rituais que se tornou na primeira consagração eucarística do vinho no Sangue do Redentor? Temos visto cenas demasiadamente “pobres” da Última Ceia, com os discípulos sentados no chão e Jesus tomando nas Suas mãos uma humilde taça de barro... mas não foi assim.

Assim, pois, os apóstolos e os primeiros cristãos puderam identificar a taça da primeira Eucaristia e conserva-la apesar da sua fragilidade. Como pôde ser conservada intacta durante o crucial primeiro milénio, senão protegida pela memória de um mistério sacratíssimo?


As lendas do Graal

O tema da busca do Graal, objecto maravilhoso e fonte de vida, é fundamental na literatura franco-germânica da idade média e a sua origem está descrita , sobretudo, nas obras de Chretien de Troyes que deixou inacabada, em 1190, a sua obra “Perceval, A história do Graal”. Aqui não se explica a origem desta jóia. Foi o poeta Wolfram Von Eschenbach quem lhe deu a forma de cálice no seu poema; “Perceval, o Galês”. Acredita-se que iniciou o seu Parsifal nos princípios do século XIII, em Wartburg, castelo mítico, berço de poetas e trovadores e que o finalizou em 1215. Ali, Wolfram compôs a sua obra prima onde estes artistas românticos possuíam três regras principais como fonte de inspiração; Deus; seu senhor e a mulher amada. Wolfram von Eschenbach foi o príncipe dos trovadores, juntamente com Walter Von der Volgelweide e Heinrich Tannhäuser.
Recentes investigadores, como Michael Hesemann (“Die Entdeckung dês Heiligen Grals. Das Ende einer Suche”, Ed. Pattloch, 2003), colocam a origem destas lendas em Espanha e sobre a base do cálice feita de ágata (pedra) de San Juan de La Peña. Não podemos esquecer que foram estas a fonte de inspiração para as grandes obras poético-musicais de Richard Wagner: "Tannhäuser", "Parsifal" e "Lohengrin".

Um tema da actualidade

Se a literatura "graálica" medieval encontrou na busca do cálice sagrado,um símbolo de purificação e de renúncia para alcançar a perfeição pessoal e a salvação, vemos nestes últimos anos, aparecer romances fingidamente históricos e toda uma literatura esotérica que faz do Graal um objecto obscuro ou uma tradição secreta de séculos que conservaria a verdadeira essência do Cristianismo ou a verdadeira história de Jesus de Nazaré. Parece que o que a crítica liberal e o materialismo anti-religioso não conseguiu, seria possível de concretizar com esta pseudo-divulgação para destruir a fé pura da Igreja em Jesus Cristo, o Senhor. Deste modo, a suspeita e a falsidade pretendem ofuscar o que foi e deve continuar a ser um ícone da cultura cristã.

Razão pela qual, o cálice de Valência com sua autenticidade arqueológica , sua tradição com elementos maravilhosos, nos remete à época de Jesus e nos relembra a instituição da Eucaristia como momentos históricos que transcendem o tempo e chegam até nós como mistério de salvação. Assim, o vivemos quando a sagrada relíquia é trasladada da sua preciosa capela, a antiga sala capitular (século XIV), até ao altar-mor na celebração da Santa Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa e na festa solene na última quinta-feira do mês de Outubro.
Esta é a mensagem que se deseja proclamar desde a Catedral de Valência, com o apoio de beneméritas associações como a Real Irmandade e a Confraria do Santo Cálice que, junto com o Cabido Metropolitano, mantêm o culto e a difusão da devoção do Santo Cálice que se expressa em peregrinações de paróquias e entidades religiosas e cívicas, todas as semanas, na celebração da “quinta-feira do Santo Cálice”.




http://www.catedraldevalencia.es/en/el-santo-caliz_historia.php